quarta-feira, 27 de junho de 2012

ENTREVISTA A DOUGLÃO

Douglão: “Acredito que podemos chegar ao título”
Douglão conclui as férias e hoje já se apresenta aos trabalhos no Estádio AXA, uma semana antes dos restantes companheiros. Em entrevista ao ‘CM’, o central brasileiro revela a ambição de lutar pelo título nacional no campeonato português. CM- Que expectativas tem para esta temporada? D: Vamos ter os 'play-offs' da Champions League e tenho a certeza que um dos grandes objectivos do Braga é tentar chegar à fase de grupos. Quanto ao campeonato penso que, com um pouco mais de inteligência, podemos vencer o campeonato. Pelo que foi demonstrado na última época acho que o Braga não conseguiu esse feito por muito pouco e vale a pena tentar novamente. CM - Que opinião tem do futebol português? D: Antes de vir para Portugal já acompanhava o futebol português, mas quando estamos cá é muito diferente. É um campeonato dinâmico, com jogos muito difíceis mesmo quando se defronta o último classificado. No geral, é um campeonato que está muito bem visto pelo resto da Europa e daí a vontade que tenho em vencer uma competição tão importante como esta. CM - Na relação com os adeptos do Braga qual a situação mais marcante que regista da época passada? D: A situação que marca é o facto de ver os adeptos unidos e sempre a torcerem pela equipa ao longo da época, reconhecendo a nossa vontade e dedicação dentro de campo. Mas a situação mais marcante foi o apoio que manifestaram no jogo com o Porto, com várias pessoas na rua, desde crianças a idosos demonstrando o carinho pela equipa. Esse momento tocou em todos os jogadores. CM - Fruto da época que realizou em Braga, surgiram alguns convites pela parte de outros clubes ao Douglão? D: Há sempre sondagens, mas de concreto não existe nada. Trabalho com os pés assentes no chão e sabemos que o presente é o Braga. Tento não pensar muito nesse assunto até acontecer algo oficial, dando sempre alguma margem, mas centrando as aten-ções no trabalho do dia-a-dia e no Braga que foi o clube que me abriu as portas. CM - Mas tem objectivos para voos mais altos? D: É sempre bom pensar em algo mais. Todo o profissional almeja o melhor na profissão que exerce e pensa em estar sempre num nível mais alto. Mas para lá chegar é preciso trabalhar e nesse sentido o meu trabalho está voltado para o Braga para que possa chegar a um outro nível mais à frente. ACM - Porque decidiu antecipar o regresso aos trabalhos? D: Quero recuperar da melhor forma, porque sofri uma lesão no gémeo a seguir ao jogo com a Olhanense e quero regressar mais cedo para estar ao mesmo nível do restante plantel quando começar a pré-época. CM - Para que serviram essas férias? D: Para descansar e recarregar baterias para a nova temporada. É importante agora ter uma boa recuperação para voltar em bom momento na pré-época.
CM - Concluiu o primeiro ano em Braga, o que destaca da temporada realizada? D: Foi um ano muito bom. Registo um bom ciclo de vitórias que a equipa teve no campeonato, o bom relacionamento dentro e fora do campo e essa foi a principal característica do Braga num plantel totalmente novo. CM - As expectativas que o Douglão tinha quando veio para Braga foram cumpridas ou superadas? D: Foi tudo muito positivo, pois cheguei a Braga numa condição complicada porque os jogadores já tinham feito a pré-época e a equipa estava mais ou menos definida. O Paulo Vinícius e o Ewerton estavam bem na equipa, infelizmente tinha acontecido já a lesão do Nuno André Coelho e sabia que ia ser muito difícil conquistar o meu lugar na equipa. Aconteceram as lesões do Nuno André, depois do Paulo Vinícius e pintou uma oportunidade para mim. Numa época em que pensava em jogar, mais ou menos, seis jogos acabei por fazer 29 jogos. Fui dos que mais jogou na defesa e isso foi muito positivo no aspecto pessoal. A nível de colectivo esse foi o ano em que o Braga conseguiu o maior número de vitórias e não podia estar mais satisfeito por fazer parte deste projecto, assim como apurar a equipa para a Champions. CM - A época passada ficou marcada pela grande transformação no sector da defesa, mas os jogadores que ocupam essa posição acabaram por corresponder da melhor forma. Alguma vez sentiram a responsabilidade de corresponder às altas exigências? D: O sector da defesa foi uma parte importante na equipa porque o 'mister' Jardim treinava aqueles que jogavam e os que não jogavam da mesma forma. Daí, a partir do momento em que surgia uma oportunidade para os que não estavam a jogar já sabiam o que tinham a fazer a partir do momento em que surgisse uma oportunidade. E houve também uma grande vontade de cada um em ajudar ao máximo o clube. CM - Mas os jogadores da defesa sentiam que tinham uma responsabilidade acrescida? D: Sim, tínhamos consciência disso. Provavelmente o Braga começou a época um pouco desacreditado mas atingiu o ponto alto da época na sua defesa. Se não jogava o Paulo Vinícius estava lá eu, se não fosse o Ewerton estava lá o Nuno André. E ainda veio o Samuel que apesar de não ter grandes oportunidades é um jogador que nos pode ajudar bastante. Houve um encaixe perfeito nos defesas e sobretudo o respeito que houve sempre entre todos independentemente de quem estava a jogar. Origem Correio do Minho

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