Peseiro: “Ganhar sem sofrer golos é muito bom” José Peseiro está confiante para o jogo com a Udinese e acredita que o Sp. Braga vai estar na fase de grupos da ‘Champions’. Técnico diz ser preciso paciência e um grande nível. O discurso optimista e recheado de ambição vai de encontro ao desejo do clube: chegar à fase de grupos da Liga dos Campeões. José Peseiro reforçou a ideia de ser um treinador ambicioso, por isso, acredita que esta noite o Sp. Braga vai levar a melhor no duelo com os italianos da Udinese, em jogo que começa às 19.45 horas, e conta para a primeira ‘mão’ do ‘play-off’ de acesso à Liga dos Campeões. Confiante que a equipa vai passar à fase seguinte, mesmo perante as dificuldades de um adversário puramente italiano, o técnico é claro: “é preciso estar em grande nível”. “Ganhar sem sofrer golos é muito bom, é o que vamos tentar fazer. Sabemos que são duas ‘mãos’, 180 minutos, mas num minuto pode perder-se e pode ganhar-se. É estarmos concentrados, nunca perdermos o controlo emocional, mesmo no sucesso. As equipas são equilibra- das e o pormenor é um momento de desconcentração, que espero que não tenhamos”, revelou Peseiro, repartindo o favoritismo pelas duas equipas. “São 50 por cento para cada lado, qualquer das equipas tem possibilidade para estar na fase de grupos e acredito que será o Sp. Braga a estar”, frisou. Há sete épocas [2005/2006], Peseiro foi eliminado pela Udinese nesta fase ao serviço do Sporting, derrota que não pesa na preparação do jogo, dá antes “motivação” extra. “A maior pressão que existe sobre mim sou eu que a coloco. Sou ambicioso, tenho vontade de ganhar, vontade de ajudar o Sp. Braga sabendo do nível qualitativo de jogadores muito grande. Temos ambição e podemos estar na ‘Champions’, por-que o Sp. Braga tem uma grande equipa e uma grande estrutura. Tem feito um trabalho tremendo que nos obriga a todos a não pensar em mais nada a não ser vencer a Udinese e estar na fase de grupos”, sublinhou. A pressão, nesta perspectiva, é saudável: “quem não desejaria estar a treinar e estar aqui em condições de disputar o ‘play-off’ e chegada à ‘Champions’? Muitos com toda a certeza. A questão de termos perdido foi há tantos anos, apenas me dá mais determinação, ambição para vencer e para vo ltar a história ao contrário”, explicou lembrando a importância “económica” e de “afirmação” do clube com a presença na liga milionária. Quanto ao adversário, Peseiro espera uma Udinese tipicamente italiana: “são equipas de grande eficácia, que não se expõe muito ao jogo. Foram os italianos que encurtaram o campo de jogo, são bons a reduzir espaços, a pressionar, a levar o adversário para onde querem. O que mais caracteriza a Udinese é a sua capacidade defensiva e a forma como transita para o ataque”. Quanto a Di Natale, veterano capitão da equipa e “um jogador importante”, o principal é “que a bola não chegue até ele”. O segredo para o Sp. Braga contornar as dificuldades será “paciência, rigor e muita ponderação”. Alan: “Equipas italianas são muito cínicas” O capitão Alan foi o escolhido para demonstrar a confiança que paira no plantel arsenalista para o primeiro duelo com os italianos. Segundo o brasileiro, o grupo está “tranquilo” e sem pressão, até porque, “a maioria dos jogadores já jogou jogos difíceis” e tem experiência europeia. “Sabemos do valor do adversário, o que temos que fazer é jogar o nosso jogo com ambição, dinâmica e alegria, é o nosso objectivo”, referiu. Questionado sobre se o encontro com a Udinese poderá ser determinante para esta temporada, Alan foi peremptório: “sabemos que é um jogo importante, mas não vai marcar a época. Vamos fazer de tudo para passar”. Quanto ao adversário, o brasileiro lembra as qualidades dos italianos. “As equipas italianas são muito tácticas, defendem super bem e vamos tentar contrariar isso com os nossos movimentos. Já vimos vídeos deles e vamos tentar provar que em casa somos fortes. Não vamos sair à louco, porque as equipas italianas são muito cínicas e são dois jogos”, sublinhou. Alan lembra que Di Natale “toda a gente sabe é muito perigoso, mas “não é só ele, a equipa é boa”. O ideal, acrescenta o avançado, “é ganhar sem sofrer golos seria muito bonito. O objectivo é passar”. Origem: